terça-feira, 13 de setembro de 2011

E NÃO É QUE ELE FAZIA MESMO?!?!

Solto e pelos montes. Era assim que ele estava bem... [Sesimbra - 2006]
Havia sempre quem desconfiasse e, naturalmente, quisesse ver com os próprios olhos para acreditar.
A verdade é que já começava a ser um ritual das festas e churrascos lá em casa e todos acabavam por querer fazer o passeio para assistir ao acto...

Sim, o Yiuri fazia cocó a pedido!

Eu dizia-lhe "Yiuri, faz cocó aqui!" e apontava-lhe o local.
Yiuri e Yankie [Rio Cávado 2009]

Ele, às vezes desanimado e a contragosto, é verdade, lá olhava para mim, acabava por me levar a repetir a ordem mais uma ou duas vezes - o suficiente para que os incrédulos fizessem alguns comentários e "cantassem" à desventura, e, então, como em qualquer boa história com algum suspense e final feliz, como se tudo fizesse parte de um esquema de cumplicidade e bem montado entre nós, ele lá rodopiava sobre ele mesmo, uma, duas vezes, e, a seguir, cagava literalmente para todos eles!!

Eh, eh, eh,eh!

É impossível recordar aqueles momentos de pura satisfação e orgulho no meu menino, sem sorrir para mim mesmo!

Num ápice, aqueles risos e piadas davam lugar a surpresa, a estupefacção e a espasmos de queixo-caído que teimavam em não se fechar facilmente... Eles, os descrentes, engasgavam-se e atropelavam-se em comentários mal articulados...

Serra da Estrela 2004

Era demais quando ele fazia isso!!!
E mais surpreendente ainda era quando ele já tinha feito o cocó da ordem apenas por sair à rua, e isso acontecia já depois, quando o passeio estava no fim e regressávamos a casa! Quantas vezes, o olhar dele indiciava algo como "tem mesmo de ser? É que não me apetecia mesmo nada...", mas lá me fazia a vontade e acabava por me dar o prazer de ver as caras de espanto que as pessoas faziam em contraste com o ar de gozo que o Yiuri espelhava...

Claro que nessas alturas eu inchava de tanta vaidade pelo feito e enquanto o Yiuri, aliviado, exibia um sorriso de orelha-a-orelha, satisfeito por voltar a exibir a proeza, eu dizia-lhe vitoriosamente: lindo! O Cão-do-dono cagou para eles! Lindo!!! Sabendo, claro está, que essas seriam exactamente as palavras que ele diria se falasse "tomem lá! Caguem nisso agora!!"


E lá seguíamos: eu, o Yiuri e todos os "descendentes" de São Tomé, de regresso à festa onde o feito presenciado ia ser repetido para os que não tivessem assistido ao acto....


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