Como será, afinal, o Amigo Imaginário da Constança? |
A minha filhinha, agora perto de completar cinco meses de
vida, passa longos momentos do tempo e de entretenimento dela distraída a
sorrir e a palrar sozinha, a olhar para o lado, como se ali, bem perto dela,
estivesse alguém com quem brinca.
Nesses momentos a mãe aproveita para dizer que ela está
distraída com o Amigo Imaginário e têm sido tantas as vezes que ela tem dito o
mesmo que eu já dei por mim a pensar no assunto...
O que será que ela vê!?
Começo a gostar de fantasiar com esse Amigo Imaginário e
a romancear com algo belo e envolvido em luz, que a atrai e vislumbra, anima e a
distrai. Como, de resto, acontece quando a levamos para perto do aquário e ela se rende à iluminação e ao sortido de cores dos peixes que nadam de um lado para o outro e até se aproximam dela, junto ao vidro.
Tal como nos contos, o Amigo Imaginário será um menino-anjo?
Uma fada-madrinha? Com asas
brancas e auréola de prata?
Ou... no meu conto de fadas, o Amigo Imaginário será o Yiuri quem em forma de
anjo, a visita e a anima, satisfeito por estar de novo entre nós e,
concerteza, capaz de falar a língua dos anjos e dos bebés? Sim, alguma linguagem
existirá porque ela, entre sons e risos dobrados, fica encantada a olhar para o
vazio e em amena cavaqueira, qual... Alice no País das Maravilhas...!?
"...o essencial é invisivel aos olhos..." |
E o que é, afinal, isso do Amigo Imaginário?
Talvez seja, na verdade, o que nós, os adultos, descrevemos como algo que não conseguirmos ver porque apenas o veríamos com... olhos de criança.
Talvez, como podemos ler em "O Principezinho", se perceba a afirmação do autor [Antoine Saint-Exupery] quando diz que "o essencial é invisivel aos olhos" e, na verdade, existam mesmo anjos-da-guarda que nos acompanham e guiam pela vida afora e que só mesmo em bebés, quando apenas falamos essa linguagem que é também a dos anjos, os vejamos...? Porque não?
Ou, à luz de uma Fé Divina e de acordo com o que os antigos dizem, será Jesus, o Menino-Jesus, quem ali está, bem perto, a zelar pelos nossos filhos?
Seja como for ou... seja quem for... a verdade é que o Amigo Imaginário, esse que acompanha os bebés e, em alguns casos muitos especiais, alguns adultos - depois tidos como loucos porque apenas eles O vêem - é sempre relatado como sendo bom. Para ser bom tem de transbordar amor e o amor é, afinal, o que mais importa. Seja qual for a forma.
Quem, em perfeita consciência, não gostava realmente de saber que tem ali, mesmo ao lado, sempre presente, um companheiro que zela verdadeiramente por nós, e que nos guia desde sempre, um anjo-da-guarda? Um... Amigo Imaginário, aos olhos dos mais distraidos.
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