sexta-feira, 16 de maio de 2014

VIDA À DERIVA

"(...)... Cenários loucos e sem qualquer nexo que na verdade... não fazem parte de plano algum ..."

Bem sei o que isso é...
Como é dura e solitária a sensação do vazio. 
O não saber mais o que se fazer. 
O não saber mais onde ou a quem recorrer. 

O abandono. 
Infelizmente - talvez devesse antes dizer... "felizmente"? - conheço o amargo sabor do vazio. 
O "sabor" de ter e o de perder. Nunca ter tido e mesmo assim... perder. 
Virar costas a tudo. Baixar os braços. Desistir.

"Os amigos...(...)"
Os amigos.
Saber que existem, mas já não querermos esgotá-los... mais.

O orgulho. 
Esse que se funde com estupidez e passa a ver esmolas onde apenas cabe a preocupação que se planta entre aqueles que nos rodeiam. 

Os sinais.
Umas vezes mais claros, outras mais escondidos, mas que saltam em gritos mudos que clamam por uma réstia de esperança apenas visível quando se chora... perante alguém.

Os planos.
(São sempre) Cenários loucos e sem qualquer nexo que na verdade... não fazem parte de plano algum, apenas momentos de um só instante de fraqueza que no fim de tudo lá acaba por chegar e é - afinal, isso mesmo apenas: uma fraqueza. Nada resolve...

O vazio depois disso. 
A mágoa em nós mesmos e nos que na verdade nos amam... ajuda a perceber. 

Cobardia?
Não. 

Cobardia seria desistir sem lutar.
Cobardes são os que julgam sem avaliar o que pensam estar a julgar.
Cobardes são os que apenas apontam o dedo e criticam sem que na verdade tenham feito algo para... evitar o fracasso.

Cobardes? São aqueles que tampouco se esforçaram em ler os sinais.

Por isso te disse "bem sei o que isso é", mas também te digo agora: "esquece lá isso e aproveita que amanhã o sol volta a brilhar, a vida volta a sorrir-te e tu... voltas a viver!"


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